domingo, 9 de maio de 2010

Trecho da entrevista que Eduardo, do grupo Facção Central deu a Portal Rap Nacional.


R.N.: Qual o foco das suas letras? Quando você escreve que tipo de mensagem tenta passar para o público?
EDUARDO: O foco das minhas letras é o povo da periferia e a injustiça social que assola a todos nós. A mensagem que tento transmitir aos que me ouvem; é que esta mais do que na hora de abolirmos o conformismo, a alegria burra e o pacifismo pré-fabricado por nossos tutores. Chega de nos contentarmos em manusear vassouras e pistolas. Quero que os meus manos desejem o topo, o alto escalão, das empresas e dos poderes públicos. Mas, que desejem tudo isso, compreendendo que podem. Desde o berçário nos adestraram para entender que o nosso lugar é na cozinha. Negativo! Meu rap tenta ser a borracha que apaga essa maldita lenda urbana. Esse folclore estúpido. Ser controlado não é nosso estado natural como seres humanos. Não existe supremacia branca ou burguesa. Não carregamos genes de inferioridade. Não somos as presas da cadeia alimentar. Não viemos ao mundo para servir o patrão branco. Somos a maioria e devemos nos portar como tal. A revolta deve estar obrigatoriamente em nosso dia a dia, no trabalho, na escola, nos momentos de diversão, nos momentos de reflexão e nos momentos raros de alegria. Nos ensinaram, que o homem contente é inteligente e que o revoltado e revolucionário é violento e inconseqüente. Por enquanto, eu posso provar que uma legião de robôs feliz produz apenas aquilo que a classe AAA deseja. Os que me criticam não podem afirmar quais seriam as conseqüências da nação de inconformados que eu tanto sonho em ver.



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